Fechar menu
  • Música
  • Coberturas
  • Cultura
  • Experiências
  • Curitibanizando
Facebook Instagram YouTube
Facebook Instagram YouTube
Partiu Rolê CWBPartiu Rolê CWB
Newsletter
  • Música
  • Coberturas
  • Cultura
  • Experiências
  • Curitibanizando
Partiu Rolê CWBPartiu Rolê CWB

Conheça a história da culinária caipira

0
Por Anderson Olsen sobre 20/06/2022 Descubra Mais
Facebook Twitter LinkedIn Pinterest E-mail

Já parou para refletir qual é a origem da culinária caipira? Será mesmo que é uma prática alimentar pertencente apenas ao Estado de Minas Gerais ou do Interior de São Paulo, ou de Goiás?

A proposta desse conteúdo é fazer uma viagem no tempo para trazermos a origem de práticas alimentares e mesmo, com a vida moderna, vencer essa ruptura e estreitar laços com essa diversidade alimentar do nosso passado.

Quem é o caipira?

Nossa história começa na época da colonização no Brasil, na região denominada pelos portugueses como Paulistânia, um território original dos indígenas Guaranis.

A área da Paulistânia correspondia do Leste de Minas Gerais até o Mato Grosso, do Jalapão e Goiás até Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul, passando, obviamente, pelo que hoje é o Estado de São Paulo.

O “ser caipira” não segue um padrão étnico e tão pouco é um adjetivo pejorativo, segundo o sociólogo Antônio Cândido: “O caipira é o resultado do ajustamento do colonizador ao novo mundo, tanto pela manutenção dos traços de origem, quanto pela transformação no contato com os indígenas. O caipira é, portanto, o homem tradicional do campo.”

Qual é a base da culinária caipira? 

Os hábitos indígenas têm forte influência na prática alimentar caipira. A caça de porco, extração de mel, pesca de peixes, coleta de milho e da mandioca e outros legumes garantiam o sustento das viagens da Paulistânia para o Sertão Nordestino.

Segundo o sociólogo Antônio Candido, autor do livro “Os parceiros do Rio Bonito”, obra que analisa a alimentação dos caipiras, a primeira refeição do dia era composto por café simples — água fervida com quantidade de pó variável e adoçado com açúcar —, era preparado bem cedo.

Depois, o caipira partia para a roça levando consigo o que seria seu almoço e sua merenda, acompanhados de mais café. O almoço era consumido entre 8h30 e 9 horas, e, a merenda, às 12 horas.

Esta geralmente era a sobra do almoço, na qual estava presente a ​comida— o arroz, o feijão, a farinha de milho e a ​mistura​, em quantidade consideravelmente pequena na alimentação do caipira, no almoço ou no jantar.

A​ mistura podia ser composta por verdura, ovo, pão ou carne, raramente associados. Logo, a base da alimentação do caipira era a combinação de feijão, arroz e farinha de milho.

O feijão, apesar de ralo, vinha primeiro, mas não em ordem de quantidade, e, sim, de importância, porque ele era o​ chefe da mesa​, considerado fundamental para o caipira.

Características da culinária caipira

  • Milho, o feijão, e a abóbora formam o tripé vegetal da cozinha caipira;
  • O arroz de suã, o arroz de frango com quiabo, o arroz com linguiça, o arroz de pequi, surgiram do hábito de misturar arroz a alguma carne de produção local; e, nesse ponto, vale destacar uma dica superimportante do Guia Alimentar, que é: “A opção por vários tipos de alimentos de origem vegetal e pelo limitado consumo de alimentos de origem animal implica indiretamente a opção por um sistema alimentar socialmente mais justo e menos estressante para o ambiente físico, para os animais e para a biodiversidade em geral.”
  • É traço dessa culinária as várias farofas e os tantos derivados do milho como o curau, a pamonha, os bolos e bolinhos, o viradinho, os angus; os mexidos cuja base é o aproveitamento das sobras de um almoço ou outra refeição;
  • Em razão das condições naturais da região, era a farinha do milho quem fazia às vezes do pão, substituindo o trigo, que estragava por conta da umidade;
  • A banha de porco era usada largamente para frituras e conservação de alimentos.

Por que a culinária caipira se perdeu?

A influência urbana devido à modernização do país com influência européia (portugueses, italianos e espanhóis) e norte-americana trouxe novos hábitos para o país.

A banha de porco, muito utilizada para conservação de alimentos, foi substituída por ultraprocessados importados dos Estados Unidos, como a margarina. Os óleos vegetais foram introduzidos no lugar da banha no preparo dos alimentos.

Os hábitos caipiras, como por exemplo, de descascar arroz no pilão, foi substituído pela máquina de tratamento do grão.

Os potes de barro, vasilhas de porunga, colheres de pau foram substituídos louças, panelas de ferro, alumínio e ágata.

Era necessário trabalhar para ter dinheiro. E o aumento nas horas de trabalho levou à necessidade do caipira comprar o que antes ele mesmo produzia. Com tantas transformações no meio de vida, o caipira migrou para a cidade.

A base de alimentação que era a mandioca e o milho foi diminuindo enquanto o trigo ia ocupando seu lugar.

Por que a culinária caipira está associada a Minas Gerais? 

Quando nos deparamos com um restaurante que tem na placa “comida mineira”, na maioria das vezes são oferecidos pratos que ainda possuem referência desse passado caipira.

Minas fazia parte do território da Paulistânia mas não era o único lugar onde se preparava comida caipira, no entanto teve um esforço do governo e de seus cidadãos para preservar o que sobrou dessa cultura caipira em oposição à cultura alimentar moderna e urbana que crescia e sofria forte influência dos novos imigrantes europeus, se americanizava e se industrializava, segundo os levantamentos do sociólogo Carlos Alberto Dória, é como se Minas houvesse se apropriado da memória que se apagou em São Paulo.

Houve uma transferência para Minas do conceito de cozinha caipira, que se fundiu e se confundiu com a mineiridades, mas essa cozinha sobrevive até hoje na memória, nos sítios e nas casas de goianos, paulistas, matogrossense e paranaenses, etc.

É a culinária que representa a forma de viver do cabloco brasileiro, que com poucos recursos mas muita conexão com a natureza improvisou suas soluções de vida.

Por que é importante resgatar a culinária caipira? 

  1. Retomar a culinária caipira nos dias de hoje nos permite questionar como está a relação produção, distribuição, oferta e consumo de alimentos, que denominamos de sistemas alimentares.
  2. E reaver os hábitos do passado estimula as práticas agroecológicas, maior diversidade de alimentos cultivados sem agrotóxicos.
  3. Somos divididos em regiões e cada uma com seus costumes e particularidades. Existem espécies nativas em cada lugar e são elas que norteiam preparos culinários regionais, como o pinhão, pequi, maxixe, e por aí vai.
  4. Comida caseira que tem história de família, tradição, sempre será a melhor opção. Conforme nos recomenda o Guia Alimentar para a população brasileira, preparos culinários que levam alimentos in natura: frutas, legumes e verduras, devem ser priorizados na rotina

Visitar a cozinha para realizar preparos culinários é sempre uma boa pedida. Se você gostou dessa viagem no tempo, que tal colocar a mão na massa e preparar alguns pratos em casa?

 

Fonte: Idec.
Fotos: Reprodução.

 

culinária caipira gastronomia
Compartilhar. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr E-mail
Artigo AnteriorYouTube Gaming é uma das atrações da BGS
Próximo artigo Whindersson Nunes está chegando em Curitiba
Anderson Olsen
Anderson Olsen

Jornalista chefe, fotógrafo e sócio-proprietário do Partiu Role CWB. Apaixonado por contar histórias de rolês e eternizar memórias através das lentes e textos.

Você pode gostar

Experiências

Tour de Boteco realiza 290ª edição no bairro Mercês

28/05/2025
Música

Festival Crossroads 2025 confirma nova edição com local inédito e mais de 30 atrações em Curitiba

02/05/2025
Descubra Mais

O Pudikin: a marca que transformou o pudim em arte!

11/04/2025
Adicione um comentário
Deixe uma resposta Cancelar resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Rede Social
  • Facebook
  • Instagram
  • YouTube
Últimas Coberturas

Cobertura do 16º Curitiba Country Festival com Edição 2026 Confirmada

28/05/2025

De volta a Curitiba após mais de uma década, Incubus entrega show técnico e surpreendente, com setlist exclusivo

10/04/2025

Intensidade musical e emocional marcaram a passagem da banda Menores Atos por Curitiba

10/04/2025

Zezé Di Camargo e Luciano revivem memórias em Curitiba

09/04/2025

Uma Blitzkrieg de Punk Rock e Energia com Marky Ramone

09/04/2025
Últimas Notícias

Growler day na Bodebrown oferece música, moda e gastronomia

01/08/2025

Festival Ilha do Mel jazz traz música e arte em agosto

01/08/2025

Curitiba receberá novo projeto gastronômico no mossunguê

01/08/2025

Curitiba oferece eventos culturais e gastronômicos no fim de semana

01/08/2025

Mel lisboa homenageia rita lee em show em Curitiba

31/07/2025

Grupo Heineken celebra mês da cerveja com programação especial

31/07/2025

Festival tutano 2025: gastronomia e inovação no museu oscar niemeyer

31/07/2025

Guns N’ Roses em Curitiba: ingressos disponíveis para show

31/07/2025
Facebook Instagram YouTube
  • Anuncie
  • Quem Somos
  • Nossa Equipe
  • Contato
© 2025 Partiu Rolê Cwb - Todos os direitos Reservados. Desenvolvido por Olsen Soluções.

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.