A banda brasileira Sepultura abriu a programação do Palco Mundo, na sexta-feira (2/9), em um show com a Orquestra Sinfônica Brasileira.
Num primeiro dia dedicado ao metal, as primeiras notas ouvidas no principal palco do Rock in Rio em 2022 foram de um balé clássico do compositor russo Ígor Stravinski.
Para segurar a plateia depois de Stravinski, a banda gastou seu maior sucesso logo no início: “Roots Bloody Roots”.
Lançado em 1996, com os irmãos Max e Igor Cavalera ainda como integrantes, o álbum “Roots” transformou o Sepultura em nome respeitado do metal fora do Brasil.
É também um marco na trajetória do grupo pela forte presença de percussão tribal e influência de gêneros brasileiros – Carlinhos Brown foi um dos colaboradores.
A apresentação do Rock in Rio foi pensada exclusivamente para o festival. Foi difícil equilibrar o som alto da bateria e das guitarras em amplificadores com a música orgânica da orquestra, mas os instrumentistas brilharam numa parte do setlist dedicada à música clássica.
Em revezamento com os músicos, a banda homenageou o compositor italiano Antonio Vivaldi e apresentou uma divertida versão roqueira da 9ª Sinfonia de Beethoven.
A performance explodiu num solo do guitarrista Andreas Kisser, muito bem recebido pelo público.
Volta ao palco
O show no Rock in Rio marcou o retorno do guitarrista aos palcos após a morte de sua mulher, Patrícia Perissinotto, aos 52 anos, vítima de um câncer. Ele havia se afastado de uma turnê do grupo em junho.
O maestro da Orquestra Sinfônica usava uma camiseta em homenagem a Patrícia.
“Que sentimento fantástico estar aqui com vocês depois dessa pandemia, depois dessa p… toda que aconteceu.”, disse Kisser ao público.
Depois de “Kaiowas”, instrumental com referência indígena lançada no álbum “Chaos A.D.” (1993).
O Rock in Rio teve início no dia 2 e segue até 11 de setembro.