Depois de quase um ano sem tocar em Curitiba, o Electric Mob voltou pro Jokers e fez aquele tipo de show que a galera esperava desde o último rolê. Sem frescura, só som, suor e o coro comendo do começo ao fim. O clima era de reencontro, e dava pra sentir que esse retorno tinha algo diferente no ar.

A noite começou com o “Acoustic Mob”, um set acústico que trouxe versões inéditas e releituras que ninguém tinha ouvido ao vivo. O público chegou cedo pra garantir o Electric Gole, o drink de boas-vindas, e já entrou no embalo. A galera tava animada, e o papo que mais se ouvia era o mesmo: será que o Yuri volta?
O baixista Yuri Elero, que tinha saído da banda em maio de 2024, apareceu no palco e deixou todo mundo em dúvida. Tocou o show todo, firme, como se nunca tivesse saído. A reação foi instantânea: gritos, celulares erguidos e olhares trocados de quem sabia que tava vendo um momento importante. Mesmo com a presença marcante, nada foi confirmado oficialmente — a banda ainda mantém ativa a campanha em busca de um novo baixista. Por enquanto, o retorno de Yuri segue sendo só uma possibilidade, mas uma daquelas que deixa o público com a pulga atrás da orelha.

Na sequência, o show principal trouxe o que o Electric Mob faz de melhor: peso, groove e presença. Renan Zonta comandando no vocal, Ben Hur rasgando nos riffs e Mateus Cestaro segurando a bronca na bateria. Entre uma música e outra, o público não economizava nos gritos de “vamo dale” — marca registrada dos shows em casa.
A banda também deixou no ar novidades sobre o novo disco, previsto pra 2025. O som novo já tá em pré-produção e promete manter o nível dos anteriores, mostrando que o grupo tá longe de desacelerar. Na agenda, ainda restam dois shows pra fechar o ano — Toledo e São Paulo — mas 2025 vem com força total.

Durante o show, o Electric Mob mandou uma sequência de faixas que representam bem a fase atual da banda e suas preferidas do público. O setlist trouxe hits como “Sun Is Falling”, “It’s Gonna Hurt”, “By The Name (nanana)” e “Will Shine”, todas entre as mais ouvidas no Spotify. Cada uma delas veio carregada de energia e cantoria da galera, mostrando que mesmo depois de um tempo longe dos palcos de Curitiba, o público ainda sabia cada refrão de cor.
Durante o show, rolou merch novo, sorteios e o lançamento do grupo oficial de fãs, com QR Code pra quem quisesse entrar de vez na comunidade do Electric Mob. O Jokers virou ponto de encontro de quem acompanha a banda desde o começo, misturado com gente nova chegando agora.
No fim, ficou claro que o Electric Mob voltou pra marcar território. Sem exagero, sem discurso ensaiado. Só o que importa: som alto, público presente e o recado dado — o rock curitibano segue firme, e o Vamo Dale nunca fez tanto sentido.
Fotos por Anderson Olsen.

