O Rodrigo Amarante, cantor, compositor e multi-instrumentista, apresentou-se em Curitiba no último sábado (17/09).
Após o caos do Coronavírus, Rodrigo desembarcou para apresentar canções da sua carreira solo, tocando músicas do seu primeiro e do seu segundo álbum Drama, gravado em 2021.
Diante de uma plateia que esgotou os ingressos, garantiu a emoção que a noite esperava, misturado com uma simpatia, ansiedade e desejo do público que compareceu na Ópera de Arame.
Ao começar o show, Rodrigo, ao apresentar a primeira música, em meio a arranjos e melodias assobiáveis, conversou com o público: “Agora estamos esquentando?”, fazendo referência ao frio da noite curitibana.
Logo em seguida, tocou a música Maré, que reflete a capacidade de Amarante ao se comunicar.
“Eu sei, sorte é não querer mais que viver / É ter amor pra dar / Quem não tem?“, canta sorrindo.
Fato curioso é que a música Maré tem um videoclipe divertido que foi produzido, dirigido e estrelado pelo próprio Rodrigo, que já trabalhou como cineasta do Nilson Primitivo, e com ele fez vários trabalho.
Entre as canções, Tango, o multi-instrumentista fluminense, mostrou seu diferencial na construção do material de linguagem universal “Em seus olhos eu vejo, está na minha cabeça / Se chegar a hora, você pula / E nos tornamos um“.
O single Tuyo
Sucesso absoluto, a música Tuyo mostrou porque Amarante é diferenciado com seus arranjos.
Sucesso no Exterior, o artista tocou a música mais esperada pela plateia, que ganhou o mundo todo após ter sido escolhida como abertura da premiada série da Netflix “Narcos”.
Com essência litorânea, Drama é uma soma de tudo que Amarante incorporou durante sua passagem pelo Los Hermanos, com envolvimento de vários colaboradores, como Moreno Veloso e o percursionista Daniel Castanheira, que entre ritmos e abordagem criativas transmitem uma forma delicada da obra do cantor, para um novo território criativo, poeta.
Com canções de seu primeiro álbum, “Cavalo” e do último disco e entre outras composições autorais, Rodrigo é aplaudido de pé ao finalizar o show, mostrando que realmente estava doido para tocar em Curitiba.
Por Anderson Olsen/Partiu Rolê.
Fotos: Fernanda Goularte/Partiu Rolê.