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Tragédia em Família: Cigarros Eletrônicos e Infarto Ceifam Vidas no Paraná

Tragédia Familiar: Perdas Consecutivas em Santo Antônio da Platina

Uma sequência dolorosa de eventos abalou uma família em Santo Antônio da Platina, localizada no norte do Paraná. Em um lapso de apenas dois dias, Angélica da Silva perdeu seu filho Vitor da Silva, de apenas 16 anos, e seu esposo, João Gonçalves, de 55. Vitor, internado em um hospital da cidade por complicações graves associadas ao uso de cigarros eletrônicos, faleceu um dia depois que João sofreu um infarto fulminante enquanto visitava o enteado.

O Impacto Devastador dos Cigarros Eletrônicos

O atestado de óbito de Vitor, emitido na tarde de quinta-feira (27), revelou que a jovem vida foi ceifada por uma sepse de foco pulmonar e insuficiência respiratória aguda, condições desencadeadas pelo uso de cigarros eletrônicos. Angélica, mãe de Vitor, compartilhou sua dor ao descobrir durante a internação do filho que ele havia começado a usar tais dispositivos há dois meses. “Esses cigarros eletrônicos podem parecer inofensivos, mas destruíram minha família em dois dias”, afirmou ela, questionando quantas mais mães sofrerão perdas semelhantes.

Apesar da proibição estabelecida em 2009 pela Anvisa, que impede a venda de cigarros eletrônicos no Brasil, esses dispositivos seguem circulando facilmente tanto em estabelecimentos comerciais quanto online. Angélica relatou que os primeiros sinais de que algo estava errado com Vitor incluíam vômitos e uma persistente dor de garganta, levando-o ao hospital no sábado (22).

Histórico de Saúde e Riscos Demonstrados

No hospital, os médicos rapidamente identificaram uma série de complicações, incluindo falha renal e infecção pulmonar, que necessitaram a imediata transferência de Vitor para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Norte Pioneiro. A mãe foi informada pelos médicos que o uso contínuo dos cigarros eletrônicos estava agravando a condição de Vitor, especialmente devido a um machucado na garganta provocado pelo dispositivo, conforme relatado por Angélica.

Vitor, que havia enfrentado bronquiolite até os dois anos de idade, tinha uma predisposição que poderia contribuir para a gravidade de seu estado de saúde atual, conforme explicado por uma médica. Esse fator de risco evidenciou a vulnerabilidade do adolescente frente aos efeitos do cigarro eletrônico. A utilização de tais dispositivos tem sido alarmante, principalmente entre jovens, devido à falta de estudos conclusivos sobre seus efeitos a longo prazo e ao risco de dependência, como destacou o pneumologista João Carlos Thomson.

O Drama na UTI: A Morte Súbita de João

João, ao receber a notícia de que Vitor seria entubado, correu para o hospital em um ato de desespero. No domingo (23), enquanto aguardava na recepção da UTI, ele sofreu um infarto fulminante antes mesmo de ver o enteado. Angélica relembra a corrida dos médicos e o momento em que percebeu que seu marido havia sucumbido. O sepultamento de João ocorreu na segunda-feira (24).

Casados há oito anos, Angélica e João tinham uma relação estreita. João era não apenas o padrasto, mas um amigo e mentor de Vitor, tendo-o inclusive batizado como pastor. Angélica destacou o amor que unia os dois, revelando que João havia ajudado Vitor a encontrar um emprego e apoiado-o em diversos momentos.

Reflexões sobre o Futuro e a Prevenção

O drama vivido por Angélica reforça a necessidade premente de maior conscientização sobre os perigos dos cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens. A decisão da Anvisa, em abril de 2024, de manter a proibição desses dispositivos no país busca frear o crescente uso entre adolescentes e adultos jovens, além de destacar os riscos potenciais à saúde. Enquanto isso, o aumento do uso de vapes, como são popularmente conhecidos, continua a ser uma questão de saúde pública preocupante em diversos países.

Sobrevivendo à perda imensa de seu filho e marido, Angélica agora trabalha para transformar sua dor em alerta, questionando quantas mais famílias precisarão enfrentar tragédias semelhantes antes que uma mudança efetiva ocorra. Enquanto isso, a memória de Vitor e João permanece viva na pequena Santo Antônio da Platina, onde a comunidade ainda busca compreensão e consolo.

Créditos das fotos:
Arquivo pessoal Vitor tinha anos morava Santo Antônio Platina. — Foto: Arquivo pessoal

Fonte: g1 > Paraná

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