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Uma tecnologia pericial revolucionária, descrita como um “banco de DNA” para balas, está transformando a forma como as polícias de todo o Brasil conduzem investigações criminais. Batizado de Sinab, ou Sistema Nacional de Análise Balística, esse recurso tem sido crucial no auxílio de quase dez mil investigações, permitindo que delegados e peritos civis reúnam provas mais eficazmente e avancem na identificação de criminosos.

O sistema é dotado de complexos equipamentos que possibilitam a análise pormenorizada de materiais coletados nas cenas de crimes. Segundo o perito Lehi Sudy, que lidera o comitê gestor do Sinab, mais de 9.066 inquéritos foram significativamente apoiados pelas informações geradas por este sistema. Esta tecnologia tem se mostrado vital para criar ligações entre casos aparentemente isolados, revelando o uso de armas idênticas em diferentes crimes.

Funcionamento e Impacto da Tecnologia Forense

O processo de funcionamento do Banco de DNA balístico é meticuloso e começa com a coleta de provas por especialistas em cenas de crimes. Essas amostras, que incluem balas, cápsulas e projéteis, são registradas no Sinab. Como uma impressão digital, cada arma imprime marcas únicas em suas balas, que são então mapeadas e catalogadas no sistema. Essa singularidade permite que o sistema identifique conexões entre crimes passados e presentes, facilitando o avanço das investigações.

Uma vez que uma correspondência é estabelecida entre balas coletadas e dados prévios, a conexão é examinada minuciosamente pelos peritos. Esta análise pode confirmar se as balas vieram de uma mesma arma, oferecendo evidências vitais para a investigação. Esse método é comparado pela perita Telma Penazzi a uma impressão digital criada pelas marcas deixadas sob pressão na bala ao passar pelo cano da arma.

Estrutura de Laboratórios e Colaboração Nacional

Atualmente, o Sinab é alimentado por dados provenientes de 40 laboratórios de balística, estrategicamente distribuídos pelo Brasil. Esses centros receberam um investimento significativo do governo federal, culminando em um montante de aproximadamente R$ 124 milhões. Esse financiamento cobre a manutenção dos equipamentos, estimada em R$ 300 mil mensais, com os estados arcando com o pessoal e infraestrutura necessária.

Desde o início das operações do Sinab em 2022, mais de 102 mil inserções de dados foram realizadas, resultando em cerca de sete mil conexões confirmadas entre diversos casos criminais. Esse sistema não só agiliza o processo de investigação, mas também encoraja a comunicação entre diferentes unidades de investigação.

Avanços e Desafios do Sinab no Brasil

O impacto do Sinab nas investigações balísticas tem sido notório. Profissionais como Rafael Silva, perito da Polícia Científica do Paraná, destacam a eficiência aumentada e a frustração reduzida no processo investigativo, uma vez que o Sinab elimina a necessidade de múltiplos testes manuais frustrantes.

As colaborações entre os estados e o governo federal são regidas por acordos de cinco anos, que estão sendo analisados para renovação em 2026. O Ministério da Justiça e Segurança Pública expressou a intenção de estender essas parcerias, devido aos resultados positivos alcançados, embora reconheça a necessidade de melhorias e a existência de disparidades regionais na utilização do Sinab.

Por fim, o uso do Sinab não apenas acelera investigações, mas também coloca pressão sobre criminosos, sabendo que suas ações podem ser rastreadas e conectadas através desse banco de dados balístico inovador, estreitando significativamente o círculo da lei.

Créditos das fotos:
Freepik

Fonte: g1 > Paraná

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