Tyler, the Creator e Sua Decisão Polêmica Sobre Música Póstuma
Em uma apresentação recente realizada na vibrante cidade de Los Angeles, o renomado artista Tyler, the Creator fez uma revelação significativa sobre seu legado musical. Durante o evento, ele anunciou que incluiu em seu testamento uma disposição que impede a liberação de qualquer música inédita após seu falecimento. O rapper destacou à multidão que não deseja que músicas inacabadas se transformem em álbuns póstumos, alegando ser uma prática “nojenta” utilizar ideias inacabadas ou incluir colaborações de artistas que ele mesmo não escolheu.
A Integridade Artística no Centro das Decisões
Tyler argumentou em sua declaração que, apesar de possuir um vasto acervo de faixas ainda não lançadas, ele opta por compartilhar apenas aquilo que considera completo e polido. Exemplos disso são as edições deluxe de seus álbuns, como Call Me If You Get Lost: The Estate Sale de 2021 e CHROMAKOPIA+ de 2025. Conforme suas palavras, essa escolha reflete seu compromisso com a integridade artística e seu respeito pelo trabalho próprio, afirmando que algumas músicas são tão valiosas que não poderiam permanecer apenas em seu disco rígido.
O Debate em Torno dos Álbuns Póstumos
A decisão de Tyler gerou discussões sobre a prática comum na indústria musical de lançar material inédito após a morte de artistas. Celebridades do mundo do hip hop, como Mac Miller, Juice WRLD e Pop Smoke, tiveram seus trabalhos divulgados postumamente, muitas vezes alcançando grande sucesso comercial. Para os fãs, isso significa acesso a nova música e continuidade do legado dos artistas que admiram. Entretanto, para críticos e artistas como Tyler e Anderson .Paak, que partilha opinião similar, essa prática levanta questões éticas fundamentais sobre consentimento e a manutenção da visão original do artista.
Preservação da Arte e da Intenção Original
Segundo Tyler, o lançamento de músicas sem seu aval é uma distorção do que ele considera ser o espírito autêntico de seu trabalho, uma verdadeira afronta à sua memória e ao que ele representa enquanto artista. Em seus próprios termos, permitir isso seria “uma brincadeira de mau gosto com seu nome”. Ele faz questão de sublinhar a importância de manter a arte e a intenção original intocadas, proporcionando aos fãs somente o que ele mesmo aprovou e finalizou.
Para muitos, a postura adotada por Tyler é um eco de discussões mais amplas sobre os direitos dos artistas de controlar sua produção post-mortem. Desde que foi nomeado ‘Artista do Ano’ pela Apple Music em 2025, sua voz ganhou ainda mais peso e atenção nas conversas sobre ética na indústria musical.
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Fonte: Rolling Stone Brasil


