Uma das harmonizações mais difíceis no mundo do vinho é com pratos picantes. Comida com picância pode mudar completamente as percepções da bebida na boca. Escolher o rótulo com cuidado é essencial para que a sua refeição não seja prejudicada.
Existem basicamente dois tipos de harmonização: por semelhança e contraste. Na primeira buscamos equilíbrio entre bebida e comida com características parecidas: por exemplo, um vinho leve combina com pratos leves, já uma comida mais estruturada pede rótulos potentes.
Na harmonização por contraste o objetivo é buscar a neutralidade de sabores. Isto explica porque um queijo azul combina com vinho do Porto e um Chardonnay vai bem com queijos brancos de massa mole.
Comida picante exige uma harmonização por contraste, já que a picância pode transformar um vinho doce e frutado em seco e amargo, e aumentar a sensação de calor na boca.
Uma aliada importante para amenizar essa percepção é apostar em vinhos com bastante acidez, ou seja, que fazem salivar, e tenham teor alcoólico baixo.
Por isso, brancos refrescantes e espumantes brut, cujas borbulhas ajudam a limpar o paladar e amenizar a ardência, são ótimas opções para acompanhar pratos picantes. Tintos com essas características também podem ser uma boa escolha.
Este branco da região do Douro, em Portugal, apresenta aromas de frutas cítricas e tropicais, com notas florais e minerais. Em boca, possui ótima acidez e final fresco e persistente.
Essas características o tornam ideal para combinar com acarajé, já que o frescor do vinho vai quebrar a gordura do bolinho frito e limpar a picância no paladar.
Quinta do Penedo DOC Dão branco
Este branco da prestigiada vinícola portuguesa Cave Messias é produzido na região do Dão com a uva Encruzado. De grande potencial gastronômico, apresenta aromas minerais com notas de flores frescas. Na boca, destacam-se excelente acidez e final prolongado.
Vai bem com pad thai de frutos do mar, prato tradicional da Tailândia preparado com espaguete de arroz temperado com legumes, como pimentão, alho, gengibre, pimenta fresca e amendoim torrado.
Este branco da região do Minho, em Portugal, elaborado pela prestigiada vinícola João Portugal Ramos, é uma mistura de uvas Loureiro (85%) e Alvarinho (15%). Tem aromas frescos e elegantes, com notas cítricas e florais associadas a uma notável mineralidade. Em boca, é intenso e apresenta longo final.
De linda cor salmão, este rosé produzido no Alentejo, em Portugal, pela vinícola João Portugal Ramos, tem aroma de frutos vermelhos e notas vegetais. Em boca, tem volume, acidez equilibrada e final prolongado.
Volume e acidez fazem desse rótulo um par interessante para acompanhar Penne all’Arrabbiata, molho de tomate com pimenta fresca, bacon ou guanciale em cubos.
Fonte: G1.
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