Curitiba testa os primeiros táxis elétricos na cidade

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Curitiba terá táxis elétricos, resultado de uma parceria entre a Prefeitura, Renault e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Seis veículos vão ser usados para o início dos testes. O acordo foi anunciado no dia 23 de março, no Smart City Expo Curitiba 2023, no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui.

Participaram o vice-prefeito e secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel, representando o prefeito Rafael Greca; o presidente da Renault, Ricardo Gondo; e o presidente da ABDI, Igor Calvet.

A intenção é que esses testes sejam a base de um projeto de eletrificação da frota de táxi de Curitiba, dentro da política pública para conter as mudanças climáticas e zerar emissões de carbono até 2050.

“Estamos com uma frota em preparação para a cidade. Trabalhamos para organizar mais esse importante projeto, que é mais uma novidade sustentável a ser testada para o bem da nossa cidade e para trazer o futuro para mais perto de nós.”, afirmou Greca.

Os testes com táxis elétricos, com duração inicial de seis meses, poderão ser prorrogados se houver necessidade.

O veículo terá a cor laranja característica dos modelos da cidade, com a diferença que poderá ser identificado pela cor branca na capota e ainda a inscrição 100% elétrico.

“Mais uma vez uma nova inovação de Curitiba, que reforça o compromisso da cidade com a redução da emissão de gases de efeito estufa. Para isso, os taxistas terão vantagens. Não vão precisar pagar taxas de outorga, terão a recarga gratuita e ainda serão isentos de pagamento do Estacionamento Regulamentado (EstaR).”, disse Eduardo Pimentel.

Para o presidente da Renault, a parceria é o início de um grande projeto. O veículo elétrico já é, segundo ele, bastante competitivo em termos de custos e investimento em relação aos modelos movidos a combustível fóssil em algumas aplicações.

“Não tenho dúvida que esse projeto vai ajudar a expandir a utilização do veículo elétrico no país.”, observou Gondo.

Segundo o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, os resultados dos testes servirão de base para a criação de uma legislação para a categoria de táxis elétricos na cidade, cujo projeto que deve ser encaminhado à Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

“O município dá mais um passo para substituição da matriz energética fóssil para uma de energia limpa no transporte. Fizemos os primeiros testes com ônibus elétricos no ano passado. Agora avançamos com a frota de táxi da cidade. Além da população poder conhecer a tecnologia, os testes nos darão uma base de dados sobre o modelo elétrico e seu desempenho.”, frisou Maia Neto.

A apresentação do táxi elétrico de Curitiba no Smart City Expo contou também com a presença de Ricardo Zapatero, CEO da Fira Barcelona.

Edital

A Urbs deve lançar nas próximas semanas um edital de chamamento para que os taxistas possam participar do programa.

A ideia inicial é realizar um sorteio para a escolha dos taxistas que vão rodar nos veículos. A tarifa cobrada dos passageiros será a mesma da praticada nos táxis convencionais.

Os táxis, no modelo Zoe, fabricado pela montadora Renault, serão alugados pelos taxistas. Os veículos elétricos  serão adquiridos pela ABDI com gestão da Mobilize Beyond Automotive, também ligada ao grupo Renault.

Segundo Igor Calvet, presidente da ABDI, trata-de um estímulo à inovação e a soluções sustentáveis. “A nossa experiência mostra, por exemplo, que 16 carros elétricos podem gerar uma uma redução de emissão de 3 toneladas de CO2 em um ano.” afirmou.

A Urbs ficará responsável pela estrutura e o custos da recarga dos veículos. As baterias possuem autonomia que vão de 150km a 400km, dependendo do modelo e da utilização do usuário.

Além da vantagem de possuir um motor não poluente, existem outras a ser consideradas na utilização de um carro elétrico.

Uma delas é que a manutenção do carro é muito baixa, uma vez que o motor não precisa de vários equipamentos usados pelo motor a combustão, como velas, mangueiras, troca de óleo, água do motor, injeção e escapamento, por exemplo.

Economia

O custo da recarga elétrica também se mostra muito mais econômico que o de abastecimento de combustível. Em uma grande cidade, um veículo chega a gastar com recarga elétrica, em reais, apenas 25% do custo de abastecimento em postos de combustível, considerando a mesma quilometragem percorrida por ambos os automóveis.

Os veículos, por serem de propulsão exclusivamente elétrica, estarão isentos do pagamento do Estacionamento Rotativo (Estar Digital) dentro dos limites do município.

Também participaram do evento Alessandro César de Souza Alves, gestor da Área de Mobilidade Comercial da Urbs, o  lider da Prefeitura na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), Tico Kusma, e o vereador Mauro Bobato, além outros representantes da Renault, ABDI e Urbs.

 

Fotos: José Fernando Ogura/SMCS.
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Jornalista chefe, fotógrafo e sócio-proprietário do Partiu Role CWB. Apaixonado por contar histórias de rolês e eternizar memórias através das lentes e textos.

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