Populares

Marshmello e sua Aparição Misteriosa no Rock in Rio 2022

Foto por Clovis Roman

Glenn Hughes celebra sua carreira lendária no Tork n’ Roll

André Marques se emociona com notícia sobre o ‘The Voice Kids’

Foto por Clovis Roman
Foto por Clovis Roman

Glenn Hughes celebra sua carreira lendária no Tork n’ Roll

Curitiba viveu novamente uma grande celebração do rock no Tork n’ Roll no dia 18 de novembro de 2025, seguindo a tradição de ser praticamente a capital do rock, Curitiba recebeu mais uma vez mais um show lendário. Mesmo sendo uma terça-feira, o público compareceu em bom número para prestigiar Glenn Hughes, uma das vozes mais poderosas e icônicas do rock clássico, em sua turnê The Chosen Years, marcada para ser a última turnê de sua carreira.

Glenn Hughes: uma lenda viva do rock

Para entender a magnitude do que se viu no palco, é necessário voltar um pouco na trajetória de Glenn Hughes. Nascido em Cannock, na Inglaterra, em 1951, Hughes começou sua carreira de forma precoce em bandas locais antes de ingressar no trio Trapeze, onde já se destacava como baixista e vocalista.Em 1973, Hughes foi convidado para substituir Roger Glover no Deep Purple, assumindo o baixo, mas também dividindo os vocais com David Coverdale. Durante esse período, participou de álbuns clássicos como Burn (1974), Stormbringer (1974) e Come Taste the Band (1975).

Foto por Clovis Roman
Foto por Clovis Roman

Após sua saída do Deep Purple em meados da década de 70, Hughes mergulhou em uma carreira solo e projetos variados. Ele tocou com Black Sabbath, especialmente no álbum Seventh Star, colaborou com Tony Iommi, participou do Black Country Communion, entre outros.  Além disso, Hughes superou desafios pessoais, como abusos de substâncias, e ressurgiu como um novo artista. 

Marenna: rock nacional abrindo em grande estilo

A banda de abertura da noite foi Marenna, projeto solo de Rod Marenna, nascido no sul do Brasil. Formada oficialmente em 2014, a banda mescla hard rock melódico e heavy metal, com letras que falam sobre a vida cotidiana, fé, resiliência e otimismo. Apesar de iniciar seu show bem cedo e com o público ainda chegando no Tork n Roll, a banda mostrou o motivo de ter sido escolhida para abertura do lendário Glenn. 

Foto por Clovis Roman
Foto por Clovis Roman

Em 2015, a banda conquistou o nono lugar no Sweden Rock Festival Competition e, no mesmo ano, assinou com o selo dinamarquês Lions Pride Music. Com esse selo, lançou o EP My Unconditional Faith (2015) e o álbum No Regrets (2017), ambos bem recebidos e esgotados em diversas plataformas. Durante sua carreira, Marenna também gravou um álbum ao vivo (Livin’ No Regrets) pela Sony Music, lançou EPs e seu mais recente disco “Voyager” em 2022, também pela Lions Pride.

Setlist da Marenna

  1. Intro
  2. Voyager
  3. Never Surrender
  4. Out of Line
  5. You need to believe
  6. How Long
  7. Breaking the chains
  8. Perfect Crime
  9. Had Enough

Esse setlist mostrou bem a identidade da banda: músicas melódicas, refrões marcantes e grandes riffs. Foi uma apresentação sólida, com excelente interação com o público, mostrando que o hard rock nacional tem força e brilho.

Glenn Hughes, técnica e legado

Após a Marenna finalizar seu show e gerar uma atmosfera de expectativa, o palco foi ajeitado para a entrada de Glenn Hughes. Hughes e sua banda entraram com uma presença impecável: a bateria soava precisa e potente e Glenn estava com uma ótima presença de palco e visivelmente emocionado por estar celebrando tanto de sua carreira naquele palco brasileiro.

Foto por Clovis Roman
Foto por Clovis Roman

Em dado momento, Hughes disse que o Brasil sempre foi um lugar especial para ele, e que aquela noite representava uma celebração de seu legado. Foi uma frase carregada de sinceridade, que reforçou a conexão afetiva entre artista e público.

Outro momento tocante veio quando ele tocou músicas de sua primeira banda, Trapeze, um aceno às suas raízes, àquele período em que ainda construía o caminho que o levaria a se tornar lenda. Ele também prestou uma homenagem a Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath e grande amigo, dizendo que a amizade entre eles é profunda e que Iommi tem um lugar especial em seu coração.

Setlist de Glenn Hughes

  1. Soul Mover
  2.  Muscle and Blood (Hughes/Thrall)
  3.  Voice in My Head
  4.  One Last Soul (Black Country Communion)
  5.  Can’t Stop the Flood 
  6. First Step of Love (Hughes/Thrall)
  7.  Way Back to the Bone (Trapeze)
  8.  Medusa (Trapeze música)
  9.  Grace / Dopamine (Iommi cover)
  10.  Chosen
  11.  Mistreated (Deep Purple)
  12. Burn (Deep Purple)

Esse setlist é uma bela retrospectiva: ele escolheu clássicos do Deep Purple, mas também repertório pessoal, mesclando sua voz soul com a potência do hard rock. A inclusão de faixas como “Medusa” (do Trapeze) e “Might Just Take Your Life” mostra o quanto ele está revisitando sua própria história, não apenas como ex-membro do Purple, mas como artista completo.

Durante “Mistreated”, provavelmente um dos momentos mais emocionantes para os fãs, Hughes mostrou sua capacidade vocal intacta, alternando entre notas poderosas e passagens mais contidas, como se estivesse contando uma parte de sua vida.

No fim do show, Hughes afirmou que ama o Brasil, que se sente realizado com tudo o que construiu em sua carreira e agradeceu a todos por compartilharem aquela noite com ele.

Post Anterior

André Marques se emociona com notícia sobre o ‘The Voice Kids’

Próximo Post

Marshmello e sua Aparição Misteriosa no Rock in Rio 2022