Criadas com IA – Inteligência Artifical, as composições inéditas buscam dar luz ao cuidado da saúde mental.
Temos novas músicas destes ícones para ouvir, mas não são, no entanto, um lançamento ou alguma composição esquecida em gravações perdidas de estúdio, tampouco são novas roupagens de músicas que já estavam por aí.
São arranjos e letras inéditas como se os próprios artistas as tivessem escrito caso ainda estivessem conosco.
Amy Winehouse, Kurt Cobain, Jimi Hendrix e Jim Morrison, tiveram uma morte precoce que exalta a questão que “De algum modo a depressão é normalizada e romantizada na indústria musical, (já que) suas músicas são traduções de um sofrimento autentico.”, diz em entrevista à Roling Stone, o diretor da instituição Over The Bridge e responsável pelo projeto, Sean O’Connor.
“E se todos estes músicos que amamos tivessem tido suporte para sua saúde mental?”, completa Sean.
O projeto exalta a reflexão ao espaço que estes artistas deixaram. Ao ouvir as composições somos levadas à nossa memória afetiva, àquele momento esperado ao comprar um disco novo e escutar o que tinham a dizer, ao impacto cultural que movimentavam, as influências a novos artistas e a trilhas sonoras de tantos momentos de nossas vidas.
As oportunidades que teríamos, hoje, de ainda criar novas memórias caso eles não tivessem sofrido o que sofreram.
Criadas a partir de ferramentas de IA, uma para estrutura musical e outra para as letras, o estilo de cada artista foi compreendido ao ser analisado as escolhas de harmonia, notas, ritmo e a cadência e o tom das palavras em diversas composições que, então, foram traduzidas em códigos.
A partir dai era só produzir as novas composições que ainda precisaram de cantores de verdade que pudessem acrescentar o timbre e a entonação que faltava.
O Projeto poderia, por si só, ser sobre como a IA consegue produzir resultados incríveis mas, as músicas não foram criadas apenas porque era possível, e, sim, como uma ferramenta para reforçar o cuidado a um dos maiores desafios que temos hoje e que impacta desde as cadeias de produção até nossas vidas pessoais.
A saúde mental é algo angustiante e que precisa do da discussão no mainstream.
A tecnologia é meio e não fim, e projetos como este mostram este potencial na relevância da nossa responsabilidade para usá-la para criar propósito e acolhimento.
Confira nos vídeos abaixo: