A escalação de Manaus como um dos dois melhores destinos no Brasil, pelo jornal The New York Times (TNYT), encheu de orgulho os chefs da Capital do Amazonas.
A Capital do Amazonas ficou em 41° lugar, e, além dela, por conta das belezas naturais, os Lençóis Maranhenses, no Nordeste, também entram na lista que selecionou 52 destinos no mundo para 2023.
A força da culinária amazônida é responsável pela escolha feita pelo renomado diário nova-iorquino que não escalou outros destinos brasileiros.
Para o chef Alysson Lima, ganhador de quatro concursos gastronômicos do “Comida Di Buteco”, a escolha de Manaus por força de sua culinária é motivo de orgulho.
“Por muito tempo nos prendemos à ideia de que erámos uma cidade industrial, e, com isso, esquecemos de olhar para nós mesmos e nossas origens e raízes, principalmente. A escolha do TNYT veio para premiar aqueles que sempre acreditaram que uma outra Manaus é possível.”, declarou.
De acordo com o chef da casa Quiosque Beer, “Outros paradigmas também começam a mudar porque as autodescobertas vêm para nos reposicionar em nosso próprio universo.”, analisou.
“Somos muito mais que indústria e comércio. Somos muito mais que uma Amazônia visual, olfativa, tátil. Somos uma Amazônia de sabores, isso porque descobrimos e redescobrimos os nossos peixes, frutos, raízes e ervas.“, observou Alysson Lima.
No texto do TNYT, a originalidade de Manaus é destacada pelo que representa, diante do restante do País, quando o assunto são os ingredientes amazônicos.
“Restaurantes estrelados de São Paulo usam ingredientes amazônicos para parecerem exóticos, mas em Manaus pode-se saborear cabaças fumegantes de tacacá, em barracas, na frente do Teatro Amazonas.”, recomendou.
A publicação destaca, ainda, o restaurante Biatuwi, com culinária de origem indígena, além do Banzeiro e o Moquém do Banzeiro, do chef Felipe Schaedler.
O chef Felipe Schaedler, proprietário do Banzeiro, citado no texto do TNYT, comentou: “Estar nessa lista notável já é um presente, mas, quando ela evidencia a nossa gastronomia, isso mostra o quanto esse trabalho, de tanto tempo, de tantas pessoas e de vários restaurantes, valeu a pena. A gastronomia é importante enquanto bem cultural. É um dos nossos principais cartões postais, hoje. Basta você ter contato, uma vez na vida, que você nunca mais vai esquecer e vai querer provar de novo.”, afirmou.
Para o profissional, a culinária se soma como mais um atrativo do Amazonas: “Nosso trabalho está aparecendo, até porque o turismo gastronômico existe e é ativo. As pessoas viajam para comer, e são muitos os destinos. Além das nossas belezas naturais, temos esse outro atrativo que é inesquecível. Sabores únicos, seja o tucumã, o tambaqui, o açaí, a farinha do uarini, a pimenta murupi.”, elencou.
“O Amazonas deixa um legado muito elegante para a gastronomia brasileira.”, finalizou Felipe Schaedler.
Outros locais destacados pelo The New York Times são: Londres, em primeiro lugar; Marioka, no Japão; Kilmartin Glen, na Escócia; Auckland, na Nova Zelândia; Palm Springs, nos Estados Unidos; Tromso, na Noruega; dentre outros.