Depois de muito tempo sem subir nos palcos, Massacration fez, na Ópera de Arame, uma apresentação impecável e inesquecível, na noite de 7 de outubro. Partiu Rolê Cwb esteve lá e conta tudo para vocês.
Com os shows voltando acontecer, Curitiba recebeu grandes eventos nas últimas semanas como Metálica, Guns N’ Roses e Iron Maiden, e, agora, o grupo brasileiro massacrou seus fãs com as 13 principais músicas de grande sucesso na carreira da banda.
Aos meus 36 anos de idade, pude viver um momento nostalgia. Nossa geração cresceu acompanhando a MTV, e, consequentemente, assistiu Hermes & Renato.
Eu lembro bem da internet chegando em nossas casas, e, com isso, possibilitando baixar os vídeos do programa e compartilhar nas salas de aula por meio de disquetes, enfrentando a dificuldade de compressão dos arquivos em baixa resolução para diminuir o tamanho do vídeo.
A banda Massacration surgiu dentro do programa com Metal Massacre Attack “Aruê aruô”, e, em pouco tempo, tornou a banda um sucesso instantâneo.
Com riffs simples e letras fáceis de memorizar, um vocal cheio de falsetes misturado com muita comédia, fez com que o grupo conquistasse rapidamente seu espaço.
Com a Ópera de Arame lotada, quem compareceu pôde curtir 5 músicas do primeiro álbum gravado em 2005, Gates of Metal Fried Chicken of Death, produzido pelo João Gordo:
- Metal Milkshake
- Evil Papagali
- Feel The Fire… From Barbecue
- Metal Bucetation
- Let’s Ride to Metal Land
Este show de heavy metal era muito esperado em Curitiba. Apesar do tempo ter passado, posso dizer que a galera nascida nos anos 80, 90 estava em peso marcando presença.
Atrasada, a banda entrou no palco com a participação implacável do lendário Boça, contagiando o público com boas risadas, afirmando que iria fazer uma palestra sobre mindset, gatilhos mentais e conselhos fraudulentos de coaches em geral.
Logo em seguida, o lendário personagem Joselito, que encerra o papo do Boça, traz o grupo ao palco.
A primeira música Hammercage Hotdog Hell levantou todos que marcaram presença, sendo a primeira grande surpresa da noite.
Neste momento, lembrei da entrevista que fizemos com o vocalista Bruno Sutter (Veja aqui), garantido por ele que seria uma noite de ópera rock.
Bruno deu uma verdadeira aula de presença de palco, muito carismático, dominando a plateia o show inteiro.
A estrutura enxuta e bem montada da banda garantiu todo foco para os integrantes que no intervalo das músicas conversaram com a plateia, com pequenas enquetes e diálogos ensaiados.
Detonator demonstrou, em um certo momento do show, estar antenado com um dos pontos turísticos noturnos curitibano, servindo churrasco durante o show, citou várias vezes o Gato Preto, local frequentado por curitibanos depois do rolê para comer costela na madrugada.
Dando andamento no show, a banda tocou pela primeira vez ao vivo a música Feel the Fire… From Barbecue, que, aqueceu o público de vez, preparando para a reta final do show seus fãs.
Não poderia faltar, como fizeram em outras apresentações do tour, convidaram para subir ao palco as “massacretes”, mais de 10 mulheres que cantaram o refrão da música que intitula o nome da banda, a faixa Massacration.
Para fechar os 90 minutos de show na Ópera de Arame, a trinca metálica, Metal is the Law, Evil Papagali e Metal Bucetation.
Rasgando felicidade, o público respondeu a todo momento às provocações do grupo, deixando marcado na história uma superperfomance realizada na Capital paranaense.
Por ser minha primeira participação no show ao vivo do grupo, estava ansioso por essa apresentação justamente pelo humor.
Me surpreendi com a qualidade dos arranjos musicais dignas de grandes bandas da categoria, sem contar com a presença de público, afirmando que é um grupo de respeito e que todos estavam com saudades da banda.
Setlist
- Hammercage Hot-Dog Hell
- Metal Milkshake
- The Mummy
- Metal Galera
- The Bull
- Feel The Fire From barbecue
- Metal MILF
- Lets Ride to Metal Land
- Metal Massacre Attack
- Massacration
- Metal is the Law
- Evil Papagali
- Metal Bucetation
Ainda vivendo um momento nostálgico, o “mais um, mais um…” foi gritado na Ópera de Arame, mas infelizmente não veio.