A prática do mergulho – em águas rasas ou profundas – é daquelas experiências marcantes. Quem pretendem aliar aventura e relax nas próximas férias, não pode perder a lista de destinos especiais logo aqui abaixo.
São cinco lugares paradisíacos na América Central, segundo seleção do The Washington Post, em que as grandes atrações não estão em terra firme.
Essa região do continente é conhecida também por seus temíveis furacões, mas a boa notícia é que a temporada oficial deste fenômeno – junho a novembro – está chegando ao fim! Tá chegando a hora da calmaria nos mares caribenhos.
Turneffe Atoll, Belize
Localizada a 45 minutos de balsa da cidade de Belize ou a uma hora e meia da cidade de San Pedro, Turneffe é um recife de corais com quase 50 km de extensão, pouco povoado, em torno de uma lagoa e que possui uma gigantesca reserva marinha.
Apesar deste país ter um dos destinos mais conhecidos de mergulho do mundo – o Great BlueHole -, o Turneffe Attol é mais prático e mais barato de chegar e visitar.
A área abriga um dos mais bacanas pontos de mergulho em naufrágios. Em 2021, um navio usado para transporte de açúcar e armazenamento de melaço chamado “Witconcrete Wreck” foi intencionalmente afundado e transformado em um centro de atividade marítima.
Roatan, Honduras
O segundo maior recife do mundo está em Roatan, uma das três principais ilhas da baía de Honduras, juntamente com Utila e Guanaja.
Considerada talvez a melhor parada para quem quer ver o que a América Central tem a oferecer abaixo da superfície do mar, ela fica a cerca de 65 quilômetros do continente.
Quem se aventura no mergulho é presenteado com jardins de corais e cavernas até paredes e destroços como os do “El Aguila” e o “Odyssey”.
Roatan também é um destino, digamos, democrático: tem agito e sossego. Há opções para quem não faz questão de mergulhar, no caso a West Bay Beach, região repleta de hotéis que é classificada como uma das melhores praias do mundo.
Corn Islands, Nicarágua
As Corn Islands – Big Corn e Little Corn – são ilhas-irmãs a cerca de 65 quilômetros da costa caribenha da Nicarágua e uma ótima opção para os amantes do oceano que procuram algo fora dos roteiros mais tradicional.
Big Corn é cercada por manguezais e alguns dos recifes mais próximos da costa sofreram degradação. Mas a grande atração debaixo d’água é a Blowing Rock, uma formação rochosa que sobe à superfície da água e abriga muita vida marinha.
Já Little Corn não possui nem mesmo estradas, porque é bem pequena. Apesar do tamanho, apresenta muitos pontos de mergulho – repletos de lagostas, tubarões-lixa e corais vibrantes.
Para quem curte um pouco de adrenalina, há os túneis que permitem mergulhos sob o recife, onde tubarões gostam de ficar. Nota importante: dos destinos para se mergulhar, é uma das opções mais baratas da América Central.
Cocos Island, Costa Rica
Entre as opções desta lista, Cocos Island é a que dá mais trabalho para ser visitada. Trata-se de um pequeno lugar desabitado localizado a 547 quilômetros do continente, no meio do Pacífico.
Para chegar lá, é preciso pegar uma embarcação do tipo live aboard – um cruzeiro para fanáticos por mergulho. Você irá comer, dormir, mergulhar e fazer isso tudo de novo por alguns dias, na companhia de alguns poucos amantes do mar. Uma curiosidade: Cocos Island é também um Patrimônio da Unesco.
O preço deste serviço quase exclusivo: Em torno de US$ 400 por dia para uma viagem de 10 noites. Será que vale? Não custa lembrar que esta foi considerada “a ilha mais bonita do mundo” pelo explorador Jacques Cousteau.
O lugar proporciona uma vivência junto a grandes cardumes de tubarões-martelo e raias manta. E, se você for em janeiro, pode ainda ter a sorte de testemunhar a migração de baleias-piloto ou jubarte.
Parque Nacional Coiba, Panamá
Também Patrimônio Mundial da Unesco, o Parque Nacional Marinho de Coiba é considerado uma joia escondida pelos entusiastas da prática de mergulho no mar – uma reserva vasta e pouco visitada composta por 38 ilhas.
Localizado no lado do Pacífico do país, os passeios de barco saem da cidade de Santa Catalina. São cerca de seis horas de carro da Cidade do Panamá, ou um voo rápido de 20 minutos, e depois o passeio de barco até Coiba leva duas horas a mais, dependendo das condições das águas e do tempo.
A história da área é uma prova de seu afastamento: por 100 anos, a Ilha de Coiba, a maior do arquipélago, foi uma colônia penal com até 3 mil prisioneiros.
Os panamenhos sempre consideraram Coiba assustadora e perigosa, mas houve uma herança inesperada de seu passado. Como o acesso à ilha foi restrito por tanto tempo, a selva conseguiu se manter preservada e hoje é considerada um dos lugares de maior biodiversidade do planeta.
Os pacotes turísticos geralmente incluem todas as refeições, bebidas e lanches. Embora não haja muitas acomodações no parque, o governo tem algumas cabanas disponíveis para alugar – mas não espere nada luxuoso.
A recompensa chega por meio dos passeios subaquáticos perto de tubarões-de-pontas-brancas, tubarões-martelo (ui!) e, a partir de dezembro, gigantescos tubarões-baleia também passam por ali. Coiba também é adorada pelos surfistas, porque é considerado um dos melhores lugares da América Central para pegar onda.