A gastronomia sustentável se preocupa com práticas que vão além dos nutrientes que compõem aquele alimento. Está relacionada à mudança nos impactos causados pelo consumo alimentar, como o desperdício de comida, o consumo consciente de produtos em risco de extinção, coleta seletiva e o reaproveitamento de alimentos.
Às vezes, a gastronomia é chamada de “arte da mesa”, mas também pode fazer referência a um estilo de cozinha de uma região em particular. Em outras palavras, a gastronomia se refere à alimentação e à culinária locais.
Já a sustentabilidade é a ideia de que algo, por exemplo, a preparação dos alimentos, é feito de uma maneira que não impacte os recursos naturais, e sempre com um olhar além, ou seja, não cause danos nem ao ambiente nem às gerações futuras.
A gastronomia sustentável, por consequência, é uma cozinha que leva em conta a procedência dos ingredientes, a maneira como os alimentos são cultivados e como chegam aos mercados e eventualmente aos nossos pratos.
Podemos incluir aqui também a forma pela qual os alimentos são preparados, como cozinhar em uma panela de ferro, priorizar produtos orgânicos.
Como promover a gastronomia sustentável e quais as vantagens?
Só a título de curiosidade, saiba que a Assembleia das Nações Unidas, em 21 de setembro de 2016, instituiu o dia 18 de junho como o Dia Mundial da Gastronomia Sustentável.
Mas, o que isso quer dizer realmente? A gastronomia sustentável é uma combinação de três elementos: a cultura, a agricultura e o turismo.
Portanto, um sistema gastronômico sustentável é um sistema que contribui para a sustentabilidade em todos os níveis! Inclui também a justiça social e a distribuição igualitária dos benefícios para a população.
A sustentabilidade ambiental é essencial
A gastronomia sustentável é um bom passo na direção para lutar contra a fome no mundo e fazer com que os alimentos sejam disponíveis para as gerações futuras.
Para isso, é necessário eliminar o uso de pesticidas e produtos químicos, bem como menos recursos naturais. Trata-se de reduzir os resíduos e produzir culturas mais inteligentes.
Se a gastronomia sustentável é tão eficaz, é em parte porque ela utiliza muito menos água do que os sistemas agrícolas tradicionais.
Preservação de receitas e tradições
Na sua base, a gastronomia sustentável consiste em suscitar o sustento e a confiança da população.
Isso pode ser por intermédio da utilização de ingredientes locais para criar um prato que traz rentabilidade às pessoas que os cultivam, ou criar pratos que alimentam a população local e oferecer opções mais saudáveis.
Além disso, alguns chefs utilizam métodos, como fazer fermento natural e a desidratação para evitar que os alimentos não estraguem a longo prazo, ou mesmo o reaproveitamento dos alimentos.
Uma boa comunicação entre os produtores e os consumidores
Uma boa comunicação entre produtores e consumidores é essencial para promover o sucesso da gastronomia sustentável. Quando as pessoas se conhecem, elas podem estabelecer uma relação de confiança.
Por sua vez, isso leva a criar um mercado estável para os produtos e ingredientes locais, o que beneficia os agricultores que tentam viver da terra. Isso também é uma maneira de estimular a economia local, e no final, todos acabam ganhando.
Uma alternativa saudável
Os chefs que adotam uma gastronomia sustentável afirmam que seus pratos contribuem para o bem-estar de seus clientes e que os ingredientes são bons para a saúde.
Vale lembrar que quando o termo gastronomia sustentável foi criado em 2014, na 2ª Conferência Internacional das Nações Unidas, a ideia é levar em conta não somente a produção alimentar, mas o que acontece com os alimentos depois que são colhidos.
Portanto, isso garante uma alimentação de qualidade com o máximo de benefícios à saúde.