Pusha T Abandona as Diss Tracks: Uma Nova Perspectiva no Rap
Em uma recente conversa com a Consequence, o renomado rapper Pusha T expressou seu desinteresse contínuo pelas diss tracks, uma forma de expressão outrora altamente impactante no mundo do rap. Ele destacou que essas músicas carregavam um poder significativo no passado, capaz de prejudicar seriamente a carreira de um artista. Contudo, segundo Pusha, os tempos mudaram, e hoje qualquer artista consegue se reerguer mesmo depois de ser alvo de uma diss track.
A Transformação da Cultura de Confrontos no Rap
Pusha T compartilhou sua visão sobre a evolução das diss tracks e das batalhas verbais que eram comuns no cenário do rap. Ele descreveu essa transformação como uma espécie de “ruído”, afirmando que para ele, esse estilo se tornou obsoleto. “Havia uma época em que essas faixas determinavam claramente um vencedor e um perdedor, um verdadeiro confronto de forças. No entanto, atualmente, mesmo após a definição de um aparente ‘vencedor’, tudo se resume a mais barulho”, explicou ele. Pusha concluiu que essa situação levanta a questão: qual é o propósito de tudo isso?
O rapper também reconheceu que já esteve inserido nesse tipo de dinâmica, mas atualmente pretende evitar esse tipo de envolvimento. Ele enfatizou sua nova prioridade em focar na qualidade artística de suas produções, ao invés de se envolver em conflitos musicais ou disputas públicas que não acrescentam valor à sua arte.
Um Novo Capítulo na Carreira de Pusha T
O foco atual de Pusha T é uma renovação criativa ao lado de seu irmão, Malice, com quem forma o duo Clipse. Nesta nova fase, ele busca explorar mais os aspectos de nível, gosto e consistência na música, deixando a rivalidade de lado. Para Pusha, a harmonia e o som que ele e Malice criam em conjunto são de maior importância do que qualquer competição com outros artistas. Esta mudança de perspectiva reflete um amadurecimento em seu processo criativo.
Recapitulando a História de Diss Tracks de Pusha T
A carreira de Pusha T é marcada por inúmeras diss tracks icônicas. Uma das mais notórias é “The Story of Adidon“, direcionada ao rapper canadense Drake. Nesta polêmica faixa, Pusha T acusou Drake de esconder seu filho e criticou aspectos de sua identidade racial e imagem pública. A capa do single, que exibia uma foto de Drake em blackface, gerou controvérsia imediata.
Anteriormente, ele havia lançado “Infrared” no álbum Daytona de 2018, onde novamente alfinetou Drake, dessa vez sobre o uso de ghostwriters. Em outra diss track, “Exodus 23:1“, Pusha T utiliza referências bíblicas e metáforas para criticar a lealdade às gravadoras e contratos complexos, com muitos acreditando que as indiretas se dirigiam a artistas da Young Money, como Drake e Lil Wayne.
Mais recentemente, “So Be It”, do álbum mais recente do Clipse, Let God Sort Em Out de 2025, contém críticas veladas que muitos apontam como dirigidas a Travis Scott. A música questiona a lealdade e atitudes de Travis em disputas dentro do meio musical.
Essa jornada reflete um Pusha T que reconhece o poder das diss tracks, mas que também busca transcender essas batalhas para focar em sua verdadeira paixão: a música e a arte pelo que elas realmente são.
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Fonte: Rolling Stone Brasil
