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Save the Children: Uma Jornada com o Bitcoin

Fundada há mais de cem anos, a organização Save the Children tem marcado presença em diversas crises globais, como guerras e desastres naturais. Em 2013, ela se destacou ao aceitar uma doação de bitcoin, algo que outras grandes ONGs não ousavam fazer, tornando-se a primeira ONG internacional a adotar essa prática. Este pioneirismo começou com um doador durante o Tufão Haiyan nas Filipinas, segundo Antonia Roupell, líder de Parcerias de Inovação e Tecnologia. Ela explicou que a organização encontrou uma forma de aceitar a criptomoeda, e assim, abriu-se uma nova porta.

Hoje, essa porta expandiu para além de uma simples página de doações. Sob a liderança de Antonia, a Save the Children não apenas aceita Bitcoin, mas também busca utilizá-lo de maneira prática e eficiente. O objetivo é claro: agilizar o envio de recursos financeiros para as famílias, reduzindo barreiras burocráticas e respeitando a autonomia das pessoas ao decidirem suas necessidades mais urgentes.

Estratégias de Conversão e Uso de Bitcoin

Enquanto muitas instituições optam por converter imediatamente os ativos digitais recebidos, a Save the Children adota uma abordagem diferenciada. A equipe liderada por Antonia não se limita a aceitar e vender bitcoins, mas deseja mantê-los e, sempre que viável, utilizá-los diretamente. Com a permissão dos doadores, a organização está comprometida em reter essas doações por até quatro anos, visando intensificar seus programas humanitários e de desenvolvimento durante esse período.

Antonia destacou que a rapidez e o acesso são cruciais. Em 2018, ela viajou para uma zona de terremoto em Sulawesi, Indonésia, em uma jornada que levou dois dias. Enquanto isso, os fundos internacionais ainda não haviam chegado ao escritório em Jacarta devido a atrasos de final de semana e complicações bancárias. Essa experiência evidenciou como a velocidade do financiamento é vital em situações de emergência.

Assistência em Dinheiro: A Iniciativa Inicial

Prover dinheiro diretamente às famílias surge como uma abordagem lógica e imediata. Em muitas regiões, ter uma conta bancária é um privilégio raro, mas um celular com conexão à internet e um aplicativo de carteira digital pode ser uma realidade mais acessível. Antonia mencionou testes em países como Butão, onde é possível enviar recursos para uma carteira digital em questão de minutos, sem a necessidade de conta bancária.

Este não é apenas um sonho idealista; é uma operação prática. A Save the Children atua em mais de 100 países e precisa se coordenar com governos e parceiros para garantir a segurança de milhões de crianças a cada ano. A organização é pragmática e tecnológica: o foco é alcançar crianças expostas a grandes desafios, e o uso de tecnologias como o Bitcoin serve a esse propósito.

Desafios de Transparência e Independência

Antonia também relacionou o uso do Bitcoin com os desafios de financiamento enfrentados pelo setor humanitário. Ela mencionou como os cortes na ajuda estrangeira impactaram duramente, forçando uma necessidade de inovação e descentralização das dependências tradicionais. Desde o anúncio do fundo humanitário de Bitcoin no Plan B Forum em Lugano, outras ONGs importantes buscaram entender esse modelo inovador.

A postura da Save the Children pode abrir portas para novos paradigmas operacionais, onde a liderança e a experiência prática pavimentam o caminho para que outras organizações sigam. Esta abordagem não apenas prepara o terreno para futuras implementações, mas também promove um movimento de transformação dentro do setor humanitário através da tecnologia.

Possibilidades Futuras e Tecnologia Avançada

Não se trata apenas de situações internacionais distantes. Se o Fundo de Bitcoin crescer, a Save the Children planeja utilizá-lo em emergências nos Estados Unidos, como furacões ou incêndios florestais, agilizando o suporte às famílias necessitadas. A aceitação de pagamentos de Bitcoin nos pontos de venda, como os facilitados pela Square, também está ganhando terreno e pode facilitar ainda mais o uso direto dessas doações.

Embora o Bitcoin não possa impedir desastres ou conflitos, ele pode tornar a resposta a crises mais eficiente e permitir que as famílias recebam ajuda em situações onde os bancos estão inacessíveis ou inseguros. Com um olhar voltado para o futuro, Antonia vê o Bitcoin como uma tecnologia monetária que pode promover inclusão financeira e ser uma força positiva no mundo.

Créditos das fotos:
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Fonte: Bitcoin News

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