A Copa do Mundo é um dos eventos mais esperados e atrai milhões de turistas para os países que sediam os jogos, mas a edição de 2022, no Catar, promete não ser tão prazerosa assim, já que conta com uma série de restrições impostas pelo governo local.
Os torcedores que viajam para assistir ao campeonato mundial de futebol foram avisados para não levarem vários itens que são proibidos no Catar.
Quem for pego com qualquer um dos itens proibidos poderá enfrentar pena de prisão, de acordo com um memorando oficial.
“Importar drogas, álcool, pornografia, produtos suínos e livros e materiais religiosos para o Catar é ilegal.”, diz o site do governo do Reino Unido Foreign Travel Advice (Conselhos de Viagem ao Estrangeiro).
Bebidas como a cerveja, por exemplo, podem ser servidas apenas em locais designados, como dentro dos estádios durante os jogos, mas será proibido o consumo em outros lugares.
“Xingar e fazer gestos grosseiros são considerados atos obscenos e os infratores podem ser presos e/ou deportados.”, continua o site. “Tome cuidado especial ao lidar com a polícia e outros funcionários.”
Entre os cuidados listados para os turistas estão evitar demonstrações públicas de intimidade e conselhos sobre como se vestir de acordo com o código islâmico.
“Tanto homens quanto mulheres são aconselhados a não usar shorts ou tops sem mangas ao ir a prédios governamentais, centros de saúde ou shoppings.”
Com tantas proibições, a escolha do Catar como país-sede para a Copa do Mundo gera controvérsias. Além de precisar adiar o evento para setembro, devido ao clima estremamente quente durante os meses de junho e julho, os torcedores criticam a postura do Estado em relação à homossexualidade e direitos humanos, acusando os organizadores de colocar o lucro acima das pessoas.
Há alguns dias, um embaixador da Copa do Mundo do Catar disse à rede de televisão alemã ZDF que a homossexualidade é “dano na mente”.
O ex presidente da Fifa Joseph “Sepp” Blatter comentou que foi um “erro” escolher o Catar como país anfitrião: “Foi uma má escolha. Eu era responsável por isso como presidente na época.”, disse.