Diageo, por meio de Johnnie Walker, lança movimento por bares livres de assédio e treinará 4 mil estabelecimentos no próximo ano.
Ação, que será liderada pela marca da companhia Johnnie Walker, conta com engajamento da sociedade civil e iniciativa privada; bartenders, hostess, DJs, donos de bares e restaurantes e startup de impacto estão engajados nas ações de ESG.
No início de 2022, a Diageo, do mercado de bebidas alcoólicas premium, por meio de sua marca de uísque Johnnie Walker, realizou uma pesquisa com mais de 2 mil mulheres brasileiras maiores de 18 anos e de todas as classes sociais.
A ideia era entender a segurança desse público quando frequentam bares e restaurantes.
O levantamento indicou que 66% das mulheres disseram já terem sido assediadas em momentos de lazer em bares e restaurantes, e, das que trabalham nesses estabelecimentos, 78% já foram assediadas durante o período de trabalho.
Com os dados em mãos e engajamento da sociedade civil e iniciativa privada, a Diageo lançou o Movimento Bares Livres de Assédio, em 16 de novembro, em evento para convidados no Dalva e Dito e em ações nas redes sociais.
“Na Diageo, acreditamos que uma cultura mais inclusiva e diversificada contribui para um mundo melhor. Por isso defenderemos a diversidade e inclusão em todos os nossos negócios, com os nossos parceiros e comunidades, para celebrar a diversidade e ajudar a moldar uma sociedade mais tolerante.”, afirma Paula Lindenberg, presidente da Diageo no Brasil.
“Por isso, com Movimento Bares Livres de Assédio assumimos o compromisso de treinar 4 mil bares em um ano, e quero convidar meus colegas de outras empresas do setor a entrarem nesse movimento conosco. Precisamos dar passos em prol do progresso coletivo e trabalhar para transformar o ecossistema de nossas marcas é nosso papel.”, completa.
Durante o evento, bartenders, hostess, DJs, donos de bares e restaurantes estiveram reunidos, a fim de lançar o movimento.
Na ocasião, a filósofa Djamila Ribeiro, a bartender Adriana Pino e a VP de Marketing da empresa, Patricia Borges, conversam sobre o assunto, mediadas por Ana Paula Padrão.
As ações são assinadas por Luciana Branco, do hub de comunicação [ EM BRANCO ]. “Uma companhia como a Diageo pode e deve usar seu poder de fala para agir em prol da transformação da sociedade, por meio de marcas poderosas como Johnnie Walker. Acredito que a informação expande consciência e é para isso que trabalhamos.”, afirma Luciana.
Livre de assédio
No final de 2020, uma parceria com a Fundação Dom Cabral, por meio do selo Ilmpact, aproximou a Diageo de startups de impacto socioambiental.
A ideia era criar parcerias que acelerassem os processos da empresa em alcançar os objetivos 2030, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Nesta ocasião, a startup Women Friendly mostrou à companhia a realidade de assédio contra mulheres em bares e restaurantes, e, então, iniciou-se a parceria.
Em 2022, a startup, fundada por Ana Addobbati mudou de nome para Livre de Assédio e é a responsável por treinar os bares e restaurantes.
“É direito da mulher se divertir de forma segura e todos os agentes envolvidos nesta ocasião precisam ter informações sobre como garantir essa segurança. Treinamos os proprietários e também garçons, hostess, seguranças… Uma sociedade igualitária é feita com pequenas ações reais, que impactam o dia a dia de todos.”, afirma Addobbati.