Nova Escócia: Destino investe no turismo para negros

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Nova Escócia, província canadense, se torna o palco central para a experiência de René Boudreau, de 30 anos, e fundadora da Elevate and Explore Black Nova Scotia.

A comunidade de viagens e negócios que nasceu em 2019, visa inspirar o viajante negro a visitar a província, em destinos como Mi’kma’ki e  Turtle Island.

O Canadá, país da América do Norte, conhecido pelo seu progressismo e pluralidade cultural, como a liberação da maconha recreativa, políticas públicas para a comunidade LGBTQIA+, entre outros, inova mais uma vez, mas agora em prol dos turistas negros.

A história de mais de 400 anos da cultura africana na província da Nova Escócia é rica e ampla, mas segue escondida nas sombras da história canadense e não é amplamente reconhecida por suas contribuições para a diáspora africana.

A primeira pessoa negra que chegou ao Canadá foi um africano chamado Mathieu da Costa , entre 1605 e 1608 para ser intérprete para os colonizadores franceses Pierre Dugua De Monts e Samuel de Champlain.

Nos últimos quatro séculos, a província abrigou mais de 50 comunidades negras.

Com o projeto da Elevate and Explore Black Nova Scotia, que adota uma série de iniciativas de turismo na província, a história está mudando, fomentando o turismo negro e um resgate histórico da Nova Escócia e suas atrações.

Em seu site, o projeto compila pontos turísticos e atrações, empreendimentos de gastronomia, roupas, cosméticos, presentes, utensílios, lembranças e até Airbnb, que têm à frente pessoas negras. Além de realizar eventos e experiências, como um retiro, um cruzeiro e um tour de bicicleta.

Na história dos negros canadenses, um destino se destaca: Africville , fundado em 1849 e destruído em 1970. O destino era uma comunidade unida e próspera, com uma escola, empresas, correios e a igreja.

Embora fosse em grande parte autossuficiente, a cidade de Halifax se recusou a fornecer as muitas comodidades básicas, como esgoto, acesso à água limpa e coleta de lixo.

Com o tempo, iniciativas foram desenvolvidas para que o bairro parecesse menos desejável, incluindo a construção de um hospital de doenças infecciosas, uma prisão e o aterro sanitário da cidade nas proximidades, fazendo com que a comunidade acabasse para receber comércios e prédios, e os moradores precisassem mudar de local.

Hoje, só há um parque com vista para uma ponte suspensa e uma réplica da Igreja Batista Unida Africana, que já foi o coração social da comunidade.

O edifício da igreja abriga agora o Museu Africville, que explora a história da comunidade africana nova-escocesa.

Todavia, com a dispersão dos moradores, muitos negros foram para outros locais da Nova Escócia, como Mi’kma’ki e Turtle Island. Por isso, a necessidade do projeto.

Para obter mais informações,  acesse o site do projeto.

 

Fotos: Reprodução.
Com informações do iG.
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Jornalista chefe, fotógrafo e sócio-proprietário do Partiu Role CWB. Apaixonado por contar histórias de rolês e eternizar memórias através das lentes e textos.

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